A era do tráfico de escravos

O TRÁFICO DE ESCRAVOS

Antes do tráfico europeu, os Árabes já praticavam o comércio de escravos africanos, principalmente ao longo da costa leste da África, em direção à Arábia. Além dos escravos, outras mercadorias de grande demanda na Arábia eram marfim, ouro e madeira. Uma rota secundária de tráfico ligava a Arábia ao Corno de África, especialmente à Abissínia.

A era do tráfico de escravos

Entre os séculos XVI e XVIII, a África foi palco de um dos maiores genocídios da história, onde milhões de africanos foram brutalmente arrancados de suas terras e comunidades, ou pereceram, em prol do enriquecimento de uma burguesia mercantil ávida por ouro, prata e outras commodities preciosas. Esse período ficou conhecido como a "Era do Tráfico".

PRIMEIROS CONTATOS entre a África e os países do Mediterrâneo

Desde tempos antigos, existiam contatos entre a África e os países do Mediterrâneo através das rotas de caravanas transarianas. Mercadorias do Norte da África, do Próximo Oriente e da Europa eram trocadas por ouro, marfim, sal, pimenta e escravos na África sudanesa.

Os Estados sudaneses como Gana, Mali e Songhai mantinham relações com o Egito, e havia interações entre regiões como Senegal e Somália, assim como Chade e cidades do Nilo.

Até o século XV, o comércio entre África e Europa ocorria por meio das rotas transarianas e da costa do oceano Índico, facilitado por mercadores árabes que direcionavam os produtos para grandes cidades italianas e ibéricas.

Com o início das explorações, os europeus inicialmente se limitaram à costa oeste da África. No entanto, a busca por uma rota marítima para a Índia, outra fonte de ouro e especiarias, os levou à costa leste africana.

Os portugueses tinham como principal objetivo na costa oriental o domínio do mercado árabe. Os primeiros navegadores portugueses trouxeram para Lisboa alguns escravos negros, aos quais denominaram de "mouros".

Postagem Anterior Próxima Postagem